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“Somente alguém capaz de encontrar sabedoria em meio ao caos será lembrado como grande líder”
Esta é uma das características comportamentais dos bons líderes, descrita por Deepak Chopra, autor do livro “A alma da liderança”, no qual ele discorre sobre um modelo mental de excelência em liderança, delineada pelas letras da palavra LEADERS, que em inglês significa líderes, dessa forma:
L – Look and listen (ver e ouvir) > capacidade para ver e ouvir tanto aos liderados quanto a si mesmo(a), observando de forma imparcial e analisando sem julgamentos.
E – Empowerment (delegar poder) > capacidade de delegar tarefas, focando no processo, não apenas nos resultados.
A – Awareness (ter consciência) > é estar plenamente ciente de seus afazeres e dos seus liderados, bem como do que busca para si próprio(a).
D – Doing (fazer) > é partir para a ação assumindo as responsabilidades e também colhendo os louros, junto aos seus liderados.
E – Emotional freedom and empathy (ter liberdade emocional e empatia) > ser resiliente para enfrentar adversidades e ter empatia para lidar com pessoas.
R – Responsability (assumir responsabilidades) > capacidade proativa para agir com responsabilidade.
S – Synchronicity (ter sincronismo) > capacidade de prever problemas e atuar em qualquer situação, buscando meios de ir além do que é esperado.
Provavelmente você, como gestor e líder, já entende e tem entre suas habilidades e competências, muitas, ou todas, as características citadas acima. Possivelmente você está ou esteve à frente de uma equipe na empresa que trabalha, e obteve certa experiência neste cargo.
Porém, você foi promovido(a) e a equipe que irá liderar é maior, e agora?
“Se almeja atingir uma posição mais elevada,
deve, antes de obter a vitória,
dotar-se da convicção de que
conseguirá infalivelmente”
Ese trecho do poema “Filosofia do Sucesso”, de Napoleon Hill, pode inspirar você que acabou de conquistar um cargo mais elevado, a dotar-se de uma convicção positiva de que, mesmo que tenha mais funções, responsabilidades e colaboradores para administrar, com capacitação, conseguirá gerir uma equipe maior com eficiência.
Apresentamos agora, uma trilha “do que fazer” e “do que não fazer”, que pode ajudar em sua autogestão para se guiar pelos novos caminhos da liderança de uma equipe maior, com passos firmes e conscientes.
O que fazer

Um(a) gestor(a), geralmente é o(a) profissional que mais se destaca em uma organização, e estando acima da média nas execuções, tem êxitos que outros não têm. Isso não trata-se de uma competição, mas de como alavancar os resultados de uma corporação, com espírito de coletividade, seja em uma equipe pequena ou grande.
Mas tenha em mente: o que funciona para uma equipe de 3 ou 4 pessoas, pode não funcionar para outra de 10 ou mais pessoas.
Por isso, pense rapidamente na comunicação. Quando você estava no outro time, o ambiente podia ser menor, e um simples comunicado em voz alta, valia. Agora você precisa ampliar os canais de comunicação, seja por e-mail, grupo de WhatsApp, Hangout do Google ou qualquer outro canal, facilitando a interlocução, sempre pensando que é uma via de mão dupla, onde todos falam e ouvem.
Um dia, você também foi um liderado, e como tal, conhece as dificuldades e necessidades. Ao entender isso, ajude seu staff a evoluir sempre, aprendendo coisas novas, atualizando conhecimentos e superando deficiências.
É pelo exemplo que muitas pessoas se inspiram, por isso, tenha um modelo de gestão que traga benefícios à empresa e aos seus liderados, que assuma as responsabilidades junto à equipe e que apresente bons resultados.
Delegar tarefas é importantíssimo. Pode ser um desafio a primeira vista, na equipe pequena você assumia muitas funções, porém com a grande, seu tempo é escasso, então é preciso confiar que todos ali, têm capacidade para fazer bem, cumprir prazos e obter boas resoluções.
Uma estratégia eficiente pode ser dividir a equipe em grupos menores, definindo um(a) líder para cada, organizando os processos ou projetos para cada time realizar, assim todos participam e assumem tarefas.
O que não fazer
Pensar em subordinados. Os(as) profissionais que fazem parte da sua equipe são liderados(as), não subordinados(as). O grupo irá funcionar como uma engrenagem onde todos e todas fazem parte e são peças chaves para o funcionamento dos negócios. Por isso, ouça-os e dedique tempo a eles e elas, também.
Fale mas não cumpra. Prometeu, tem de cumprir. Obviamente, às vezes há problemas pelo caminho, sendo assim, comunique a todos e todas, sempre falando a verdade e buscando outros caminhos para resolver tal dificuldade.
Culpar alguém por um erro. Está totalmente fora de cogitação culpar as pessoas da equipe por um erro, dificuldade ou problema. Hoje, um(a) líder está junto à sua equipe nos bônus e nos ônus.
Centralizar afazeres. Mais uma vez batemos na tecla de delegar tarefas, dessa forma seu tempo pode ser dedicado a outras atribuições e todos(as) assumem atividades e responsabilidades.
Foque apenas nos resultados. É preciso enxergar o caminho todo, ou seja, entender o processo, pois conquistar bons resultados depende desse decurso. Isso lhe dará tempo para planejar, organizar e distribuir tarefas, além de auxiliar quem precisa.
Mas, não se apoquente se esses deslizes acontecerem de início, e não gaste energia pensando no que deu errado, foque na solução. Cada novo passo dado em sua carreira, você precisa estar preparado, ainda que leve tempo treinando e se capacitando para maiores atribuições e responsabilidades.
Sua empresa também tem papel importante nesse processo de capacitação, investindo em cursos e oferecendo oportunidades de adquirir experiência, assim como você poderá realizar dentro da sua equipe, treinando-os para serem cada vez melhores, resultando em uma evolução mútua.