A taxa de rotatividade no mercado de trabalho brasileiro atingiu um patamar recorde: 36% dos trabalhadores com carteira assinada trocaram de emprego no último ano. Há apenas cinco anos, esse índice era de 25%, o que revela um salto significativo e acende um alerta para empresas de todos os setores.
O impacto financeiro desse movimento no mercado de trabalho é gigante e vai muito além das despesas com rescisões e novas contratações. Um dos fatores que mais contribuem com esse cenário é o onboarding mal estruturado. Quando a integração deste novo colaborador não é bem-feita, ele tende a se sentir desconectado, aumentando as chances de uma saída precoce.
Por isso é tão importante uma recepção eficiente, de alinhamento de expectativas e de acompanhamento nos primeiros meses para não transformar um talento promissor em mais um número nessa estatística de rotatividade.
Os tipos de rotatividade de funcionários e seus efeitos
A rotatividade de funcionários está entre os desafios de todo profissional do departamento de recursos humanos. Ao todo, são quatro tipos de rotatividade que uma companhia enfrenta. São eles:
– Rotatividade involuntária
Trata-se de uma decisão feita pela empresa que opta por desligar o colaborador por diferentes razões. Pode ser por baixo desempenho, dificuldade para se adequar a cultura organizacional da companhia, corte de custos, entre outros.
– Rotatividade funcional
Este tipo de desligamento pode ser de forma voluntária ou não, mas ainda assim é vantajoso para a companhia, visto que pode representar saída de funcionários que não estavam tendo um bom rendimento. Essa saída torna-se uma oportunidade para contratar novos colaboradores.
– Rotatividade disfuncional
São desligamentos feitos por parte de profissionais que já têm uma certa experiência na companhia e pedem para serem desligados. Os impactos dessa decisão não são positivos e acabam provocando um efeito disfuncional na empresa.
– Rotatividade voluntária
Essa decisão por parte do colaborador em ser desligado da empresa geralmente acontece por condições de trabalho, mudanças na carga horária ou por conta de uma nova proposta de emprego.
Essas duas últimas formas de rotatividade geram efeitos negativos para companhia, além de custos que impactam na lucratividade. E, boa parte desses problemas, poderiam ser evitados com um onboarding bem-feito.
Os benefícios de onboarding eficaz
Os números corroboram a importância de um onboarding bem-feito nas empresas. Um estudo da Society for Human Resource Management (SHRM), mostrou que funcionários que passam por um processo de boas-vindas eficaz têm 69% mais chances de permanecer na empresa por mais de três anos. Afinal, é uma oportunidade de promover uma integração positiva dos novos colaboradores, incluindo a apresentação da cultura organizacional, treinamentos e até criação de um vínculo entre a companhia e sua equipe.
Uma boa recepção vai além, uma pesquisa da consultoria Brandon Hall Group revelou que as empresas que optam por um onboarding eficaz veem a produtividade dos novos funcionários melhorar em até 70%. Por isso, podemos afirmar com convicção que investir em boas-vindas para os funcionários não melhora apenas na retenção de talentos, mas também reduz custos, impactando positivamente na lucratividade da companhia.
Isso acontece, porque o processo de integração de um novo colaborador demonstra, desde o início, como a empresa se preocupa e valoriza o funcionário para além de mais um na folha de pagamento.
Trata-se de um reconhecimento social que vale tanto quanto bons salários, já que é uma forma de demonstrar o apreço, respeito e consideração que a empresa tem com aquele profissional. O kit de boas-vindas é uma forma de a companhia demonstrar o quanto está feliz e empolgada com a chegada de um profissional que vem para somar ao time e está disposto a fazer o negócio crescer.
E, o colaborar ao se sentir pertencente àquela empresa, se torna muito mais produtivo, engajado e dedicado pelo seu local de trabalho, fortalecendo esse vínculo entre companhia e funcionário.
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